Câmara Municipal realiza sessão solene, alusiva aos 61 anos de Guabiruba
Foram homenageados a Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, com o título de Instituição de Mérito. E os senhores Osnir Schlindwein e Marcelino Kohler com título de Cidadão Benemérito.
por Redação 07/06/2023 às 05:56 Atualizado em 05/12/2023 às 16:56

Na noite de terça-feira, 06 de junho, a Câmara Municipal de Guabiruba realiza Sessão Solene, alusiva aos 61 anos de emancipação político/administrativa de Guabiruba.

O encontro teve início às 19 horas e foi presidido pelo senhor Waldemiro Dalbosco, presidente da Mesa Diretora da casa. Contando com as presenças dos demais parlamentares que compõe a atual legislatura, autoridades civis e militares, homenageados e convidados.

Neste ano de 2023, foram homenageados a Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, com o título de Instituição de Mérito. E os senhores Osnir Schlindwein e Marcelino Kohler com título de Cidadão Benemérito.

A Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro ao completar 60 anos foi agraciada com o título de Instituição de Mérito. O padre Marilton Nuss foi quem recebeu a homenagem em nome da instituição.

Osnir Schlindwein que recebeu o titulo de Cidadão Benemérito pelos trabalhos prestados a comunidade nas áreas de educação, esporte e sociocultural falou sobre a homenagem. Ele também aproveitou para falar sobre a atual situação da Escola Professor João Boos.

O presidente da Câmara Municipal, vereador Waldemiro Dalbosco comentou sobre as homenagens prestadas na Sessão Solene. Ressaltando a importância dos trabalhos realizados pela Paróquia e pelos homenageados Dr. Osnir Schlindwein e o senhor Marcelino Kohler.

Histórico

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Mariahilfskapelle)

Breve descrição histórica.

A vida de um povo é permeada por aspectos religiosos, que está relacionada à cultura, costumes e as tradições familiares. Partindo da fé e da necessidade de enfrentar a vida difícil, longe dos poderes públicos e da segurança das instituições, formou-se a comunidade de Guabiruba, que depois se urbaniza.

Desde a fundação da Colônia Itajahy-Brusque em 1860, os imigrantes se deram conta da necessidade da construção de uma ermida ou capela, para aliar o trabalho duro à vivência e prática da fé.

A Igreja, com suas capelas, transcende a dimensão religiosa e torna-se o lugar onde se vive. A forte relação do povo guabirubense com a religiosidade deu início a primeira capela construída no interior da colônia Itajaí-Brusque, em fins de abril de 1861, dedicada à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, denominada em alemão pelos imigrantes de Mariahilfskapelle, segundo nos informa o (Pe. Eloy Dorvalino Koch SCJ (Álbum do 1º Centenário de Brusque). Nesta ermida também se iniciou o Canto Coral da Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, além da primeira escola-paroquial onde lecionou o professor e sacristão Frederico Nützel.

A primeira capela era construída com caules de palmitos, coberta com folhas e o piso de chão batido. A segunda capela, datada de 1881, era construída de madeira, extremamente simples. Ambas as capelas foram construídas nas imediações do Salão Cristo-Rei. Em 1892, veio a ser construída a terceira capela, que subiu a colina, onde hoje está atual Igreja Matriz. Na época, a colina era bastante alta, similar as igrejas de Baden na Alemanha. Em 18 de novembro de 1923 foi inaugurada a quarta capela de alvenaria, muito bem construída e bonita, que teve sua torre renovada em 1941.

A comunidade de Guabiruba era pequena, mas desenvolve-se rapidamente. Com a emancipação política de Guabiruba em maio de 1962, a criação da sede paroquial teve significativa repercussão. O Pe. Vendelino Wiemes, vigário da Paróquia São Luiz Gonzaga de Brusque envidou seus esforços solicitando ao Arcebispo Metropolitano Dom Joaquim Domingues de Oliveira, para que ele, atendendo os desejos da população de Guabiruba, eleva-se a Capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro à Paróquia. A resposta não tarda, vem logo. O despacho acontece dia 19 de março de 1963. Guabiruba é Paróquia e o povo festejou. A Paróquia foi confiada a Congregação dehoniana por 25 anos, sendo o convênio celebrado entre a Mitra e o Superior Provincial, até a licença definitiva de Roma. Guabiruba era atendida regularmente pelos padres vindos do Convento SCJ (Sagrado Coração de Jesus). 

Paróquia é a instituição eclesiástica que assegura as necessidades religiosas de uma comunidade, como as diversas formas de registro e, por excelência, instrumento de cura espiritual dos fiéis, além de ser um espaço de pregação e manifestação da fé em Deus.

A criação da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro exaltou os ânimos do povo de Guabiruba. A Igreja antiga, era bonita, mas apresentava-se insuficiente, modesta. Ideias e resiliências houveram, no entanto, prevaleceu a construção de um novo e arrojado templo. A atual Igreja Matriz, em meio ao enorme canteiro de obras, se erguia pujante. Em 17 de outubro de 1965 houve a solenidade do lançamento da pedra fundamental, com a presença do Arcebispo Metropolitano Dom Joaquim, várias autoridades além de um grande número de pessoas para a missa festiva.   

 Assim Guabiruba cresceu e prosperou, porque, aprendeu do berço de seus antepassados próximos e distantes, a rezar e a trabalhar de verdade.

Referências:

ÁLBUM DO CENTENÁRIO DE BRUSQUE. Edição Sociedade Amigos de Brusque, 1960. As Primeiras Paróquias de Itajaí, Gaspar, Brusque e Blumenau. Blumenau em Cadernos. Novembro e dezembro de 1989. CABRAL, Oswaldo Rodrigues. Brusque: Subsídios para a história de uma colônia nos tempos do Império. Brusque: Edição da Sociedade Amigos de Brusque comemorativa do 1º Centenário da Fundação da Colônia, 1958. CELVA, Pe. Eder Claudio. História da Igreja Católica em Guabiruba: Cinquentenário da Paróquia, 2013.

 OSNIR SCHLINDWEIN

Osnir Schlindwein, nascido aos 7 dias do mês de novembro de 1951, hoje com 71 anos, é advogado e um grande incentivador do esporte amador de Guabiruba, vindo a organizar os jogos comunitários e participar de uma série de eventos socioculturais, com destaque na sociedade guabirubense.

Filho de João Schlindwein e Othília Keller, sendo o primeiro dos sete filhos do casal. É casado com Vanilde Heil Schlindwein e possui um filho: Estevão Schlindwein.

Iniciou seus estudos em 1959, no Grupo Escolar João Hassmann, no bairro Guarani em Brusque, onde também frequentou o Curso Primário Elementar. Fez o Curso Ginasial no atual Colégio São Luiz (1963 a 1966), e no mesmo estabelecimento de ensino se formou no Curso Normal, em 1969.

A partir de 1970, graduou-se em várias faculdades no complexo da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), na cidade de Itajaí. Entre 1970 a 1973, o Curso de Pedagogia, e de 1974 a 1975, o Curso de Estudos Sociais, e o Curso de Direito de 1977 a 1980, concluindo a sua trajetória universitária. Obteve o registro na Ordem dos Advogados no Brasil (OAB/SC), no dia 11 de agosto de 1981.

As atividades profissionais começaram no dia 2 de março de 1970, quando assumiu as funções de docente, com aulas para os alunos da 4ª série, na Escola Básica Professor João Boos, nomeado pela Portaria nº 1.082, de 7 de maio de 1970. Foi nomeado para exercer o cargo de professor de Ciclo Básico na Escola Isolada de Planície Alta por meio do Decreto nº 1.140, de 16 de fevereiro de 1973. No ano seguinte até 1975 lecionou nas Escolas Reunidas Padre Germano Brandt. Após cinco anos no Magistério Estadual, assumiu a Direção da Escola Básica Professor João Boos, conforme a Portaria nº 5.233, de 7 de novembro de 1975. Osnir Schlindwein foi aposentado através da Portaria nº 2.366, de 28 de novembro de 2.000.

Osnir Schlindwein exerceu ou continua exercendo as seguintes atividades perante a sociedade civil organizada:

1. Presidente do Conselho Deliberativo da Sociedade Recreativa Guabirubense (fev/1981 a dez/1994;

2. Presidente do Conselho Deliberativo do Clube Esportivo 10 de Junho (1988/1992;

3. Coordenador das atividades desportivas no município de Guabiruba;

4. Secretário do Conselho para Assuntos Econômicos Paroquiais, na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (jan/1993 a 31 de dez/1994);

5. Sócio-fundador e Secretário do Conselho Fiscal da Associação de Moradores do bairro Aymoré (dez/1996 a mar/2000;

6. Sócio-fundador e presidente da Associação Guabirubense de Esporte Amador - A.G.E.A. (jul/1997 a mar/2002);

7. Presidente da Associação de Pais e Professores, no Colégio Estadual Professor João Boos (abr/1998 a abr/2002);

8. Assessor de Gabinete da Prefeitura de Guabiruba (jan/2001 a dez/2004);

9. Produtor da gravação do CD do Hino de Guabiruba, com a Orquestra Sinfônica de Santa Catarina, em 2002;

10.Presidente da Comissão Central Organizadora dos 40 anos do município de Guabiruba;

11.Secretário da Associação Hospitalar de Guabiruba (jul/2001 a mar/2005;

12.Tesoureiro da Associação Hospitalar de Guabiruba (mar/2005 a mar/2009);

13.Assistente Administrativo na empresa Estamparia Cores & Tons (mai/2005 a mar/2009);

14.Chefe de Gabinete da Prefeitura de Guabiruba (jan/2013 a dez/2016);

15.Presidente da Comissão Central Organizadora da Festa da Integração (2013/2016). No dia 9 de junho de 2022, Osnir Schlindwein foi homenageado pela Assembleia Legislativa do Estado (Alesc), pelos serviços prestados como professor e diretor docente no município de Guabiruba Ainda, no dia 22 de agosto de 2022, o Conselho da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SC), outorgou ao professor e advogado Osnir Schlindwein o Diploma de Advogado Jubilado, com as prerrogativas e requisitos inerentes ao respectivo título concedido.

MARCELINO KOHLER

Marcelino Kohler, nascido aos 16 dias do mês de setembro do ano de 1942, hoje com 80 anos, é aposentado, mas, desde jovem mostrou-se inclinado à vida religiosa e envolvido com as atividades socioculturais do município de Guabiruba.

Nasceu na residência de seus pais, Germano Kohler e Bertha Schafer (in memoriam), no distrito de Guabiruba e município de Brusque, atual bairro Pomerânia, em Guabiruba. É casado com Lily Maria Imhof Kohler e mora na rua Mathilde Imhof, no Centro. Pai de um filho: Marciel Luiz Kohler.

Marcelino iniciou seus estudos na Escola Reunida Professor João Tolentino de Souza Júnior, hoje Escola Professor João Boos, onde cursou a 1ª e 2ª séries do primário, e na Escola Mista Municipal da Pomerânia concluiu a 3ª e 4ª séries do primário. De 1955 a 1956, aos 13 anos, foi chamado a iniciar os seus estudos no Seminário de Rio Negrinho, SC. No mesmo Seminário, cursou o 5º ano, conhecido como Admissão para o ingresso no Ginásio Normal. Em 1957 a 1964 cursou o Ginásio e o Clássico no Seminário em Corupá, SC. Em 1965, dedicou-se a "reza e trabalho" no Noviciado do Rio Cerro, bairro de Jaraguá do Sul, SC. Nos anos seguintes, de 1966 a 1967 fez o curso de Filosofia no Convento Sagrado Coração de Jesus (SCJ), na cidade de Brusque, SC.

No entanto, em 1968, em uma reflexão mais profunda, sentiu que a vocação sacerdotal não seria o seu verdadeiro caminho, sendo então convidado a fazer um estágio no Sagrado Coração de Jesus (SCJ), em Brusque, para lecionar como professor, iniciando sua carreira no magistério.

Durante 31 anos, no período de 1969 a 2000, Marcelino Kohler exerceu a função de professor nas escolas estaduais e particulares. E para consolidar sua função de educador, Marcelino Kohler, em 1973, foi convidado pelo Padre Orlando Maria Murphy, para fazer parte da 1ª Turma do Curso de Estudos Sociais da FEBE, sendo a primeira instituição de ensino superior de Brusque. Fez parte do corpo docente da FEBE até 1977. Em meado do mesmo ano, no dia 26 de janeiro foi homenageado com os demais educadores da instituição pela data comemorativa aos 50 anos da então Unifebe.

Na década de 1980, Marcelino foi convidado para exercer a função de Juiz de Paz de Guabiruba, cuja atividade vem exercendo por cerca de 40 anos. Ainda na mesma década de 1980, Marcelino Kohler passou a integrar o Coral Cristo Rei (Associação Cultural e Coral Cristo Rei), onde também desenvolve suas atividades culturais.

Guabiruba, SC, 15 de março de 2023.

Por Roque Luiz Dirschnabel/Assessor Legislativo.    

 

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